Por que a forma como conversamos com as crianças pode impacta-las na vida adulta?

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Por que a forma como conversamos com as crianças pode impacta-las na vida adulta?

A linguagem é a base das nossas relações, enquanto os pais são a principal referência das crianças.

Usamos a linguagem para tudo, inclusive para articular as memórias e pensamentos, você pensa “falando”, não é? Por isso, faz sentido que as áreas sociais e de linguagem do cérebro estejam ligadas, pois, a linguagem é a base das nossas relações sociais.

Enquanto isso, os pais, ou quem é responsável pela criação da criança, são a nossa primeira referência de relação e linguagem, é quem formará boa parte de quem somos e como nos relacionamos. 

Principalmente na infância, onde a criança ainda está se desenvolvendo e acaba repetindo muitas coisas que aqueles que estão próximos e ativos na sua criação fazem. Veja como a forma que nos comunicamos com os nossos filhos podem afetá-los na vida adulta:

Como a infância impacta na vida adulta?

Os primeiros anos de vida tem grande influência na vida das pessoas adultas, mesmo que nem sempre seja percebida. Os adultos são uma extensão da criança que foram e do que viveram em suas infâncias. 

Isso acontece, pois, a primeira fase é onde estamos construindo as conexões cerebrais, o que é chamado de “arquitetura cerebral”. Dependendo de como as conexões se estabelecerem, elas podem gerar comportamentos e padrões diferentes.

A forma que falamos pode afetar pela violência ou pelo afeto!

Neurocientistas pesquisam como a linguagem afeta o cérebro das crianças, olhando para o tipo de conversas com os pais, sejam afetuosas ou violentas. Esses impactos podem causar benefícios ou malefícios nas conexões cerebrais das crianças

Rachel Romeo, neurocientista e especialista em patologia da fala e linguagem do Hospital Infantil de Boston, mostrou que as interações conversacionais afetuosas podem ter um benefício visível no desenvolvimento do cérebro, crianças que conversam mais com os pais, têm melhor desempenho nas tarefas de compreensão da linguagem. 

E isso acontece em conversas de qualidade a que uma criança é exposta, ou seja, é quando existem duas pessoas falando, a natureza de troca, que requer ouvir e responder. Importante lembrar que, a linguagem é a nossa maior forma de nos relacionarmos com os outros!

Converse com seus filhos! 

Assim como a criança não entende as preocupações das pessoas adultas, é difícil compreendermos que um brinquedo perdido ou algum acontecimento na escola seja importante. Não é que uma coisa é mais ou menos preocupante, apenas são perspectivas diferentes! 

Por isso, ouvir as crianças com seriedade, sem diminuí-las, é importante. Busque entender seus sentimentos e o motivo daquele assunto a preocupar, além de se mostrar interessado em seu dia e o que mais ela quiser trazer. 

Também compartilhe fatos do seu dia com o seu filho, crie trocas verdadeiras e um ambiente confortável onde os dois possam falar, ser ouvidos e acolhidos, sem julgamentos. 

Lembre-se: os pais são a primeira relação dos filhos e sua maior referência em linguagem, a forma como nos relacionamos e conversamos irá impactar diretamente na vida adulta. Vamos trabalhar para que sejam impactos positivos?! 

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